Os valores do rugby são parte integrante das Leis e normas presentes no esporte, mas sua aplicação mais visível se faz quando não há disputa pela ovalada. O jogador de rugby é exigido dentro e fora de campo, mas fora de campo se espera que ele seja diferente do que o senso comum pode esperar.
Não se trata de sacralizar o jogador de rugby, afinal como qualquer ser humano está sujeito a vícios e virtudes, mas o comportamento geral de um atleta de rugby deve ser de exercício do estilo de vida dos valores do rugby.
Podemos citar os inúmeros exemplos de jogadores, seleções ou até equipes que foram citadas na imprensa por suas atitudes memoráveis, mas não podemos nos saciar com a prática deles. Temos que internalizar estes valores e praticar na sociedade, perpetuando um comportamento de integridade, paixão, solidariedade, disciplina e respeito.

A construção do caráter sob estes valores deve ser a tônica da educação de um ser humano estável, qualquer seja sua religião, etnia, gênero ou classe social. Entretanto, as falhas do mundo em que vivemos tornou tais direitos verdadeiros privilégios, subvertendo o que deveria ser essencial a todos.

O rugby é uma ferramenta para devolver este direito ao ser humano, não apenas a privilegiados, mas dando oportunidade para que todos possam ser impactados por uma mudança do senso comum. Não é romantismo acreditar que as pessoas podem ser transformadas e parafraseando o professor Darcy Ribeiro em seu livro Universidade para quê?(Universidade de Brasília, 1986), há que se ter esperança, há que se ter na utopia as bases da orientação de atitudes transformadoras. O rugby é um instrumento para esta utopia, seus valores são as bases desta transformação.

